29/11/08

Ainda não sei porque é que culpam a televisão

Os entendidos na matéria (entenda-se: psicólogos e pais que se julgam donos da sabedoria) continuam a afirmar que o aumento da violência perpetuado por crianças se deve á forma indiscriminada como a televisão dá conhecimento da realidade, e é claro, a violência nos desenhos animados.

Ora bem, segundo me lembro, já no “nosso tempo” havia telejornal. Eu lembro-me de ser uma miúda e ver aquelas bombas a cair no Kwait como pano de fundo aos comentários do José Rodrigues dos Santos (não sei se era no Kwait, mas era uma estúpida de uma guerra qualquer).
É verdade, o nosso telejornal de hoje é muito mais sensacionalista, temos notícias muito mais emocionantes, como aquela da Dona Albertina que o filho tocou guitarra para a sua galinha e a bichinha conseguiu milagrosamente por 5 ovos em vez dos 3 habituais.
Mas a violência sempre esteve lá. Sempre houve atentados, catástrofes, mortos e feridos. Hoje em dia estamos é muito mais facilmente informados sobre o que se passa no mundo graças á globalização e á evolução das tecnologias de comunicação. Apenas isso!

Em relação á violência nos desenhos animados????
Poupem-me!!!
Sempre vi o Bip Bip dar com bigornas nos cornos do Coiote e o Jerry dar com martelos, tábuas, ratoeiras, frigorificos e bolas de canhão no focinho do Tom. Há inclusive dezenas de episódios do Tom & Jerry em que entram facas, espadas, pistolas, fogo de artifício, bombas e machados e nunca ouvi falar de nenhum psicólogo que tenha criticado estes desenhos animados e a violência a que as crianças estão sujeitas ao visioná-los (talvez porque estes mesmos senhores fartavam-se de rir até doer a barriga quando viam estes bonecos quando eram putos).

Para finalizar, não vão mais longe: Umas das primeiras canções que ensinam aos miúdos nas cresces é o “Atirei o Pau ao Gato”:

Atirei o Pau ao Gato,
Mas o Gato não moreu,
Dona Chica assustou-se,
Com o berro que o Gato deu.

Ora bem... Depois não querem que circule na Net vídeos de um puto desequilibrado que se diverte a atirar gatos do cimo do Castelo, a 100 metros de altura, para vê-los estatelarem-se no chão. Pois... Não o ensinassem a atirar paus aos gatos que esta ideia de atirar gatos do Castelo provavelmente não lhe tinha surgido.

23/11/08

Tento, em vão, pertencer a um Mundo

Tento, em vão, pertencer a um mundo.
Tento destapar o cobertor da solidão.
Puxo, estico, empurro, sufoco no seu abafo.

Tenho esperança, tenho vivência,
tenho vontade de esticar a mão e tocar-te,
tenho o poder de desaparecer.

Numa outra vida gostaria de ver a luz por cima do ombro,
gostaria de ter certezas,
entretanto....sorrio.

22/11/08

O que a Música diz da Vida

Costumo ouvir musica apenas por ouvir, pela sonoridade e não pelo conteúdo da letra. Hoje deu-me para tomar atenção ás ideias dos artistas. E é incrível! Já ouvi as mesmas músicas centenas de vezes e nunca tinha reparado do quanto falam da minha vida. Mesmo as músicas em Português. Há uma música dos Expensive Soul – Brilho – que já devo de ter ouvido dezenas de vezes e nunca tinha reparado que o refrão diz exactamente aquilo que sinto em relação á vida:

“Vamos é curtir, esta vida é boa e foi feita para sentir, hoje vou tirar o dia para estar na paz, como o sol brilha estava a ver que nunca mais.
Vamos é brindar, esta noite é nossa só temos de festejar, por de lado tudo o que nos faz mal e amanhã será igual.”

Também me identifico com a parte: “Queremos sempre o que não temos….Espiritualidade gasta em vão” Concordo plenamente, por isso é que todos os dias dou graças pelo que tenho em vez de passar a vida desiludida por não ter o que quero, Quero gastar a minha Espiritualidade com coisas muito mais significativas.

21/11/08

Saudades da Infância

Quando somos putos nem calculamos a sorte que temos.
Somos inocentes, não temos grandes responsabilidades e temos a capacidade de fazer um novo amigo onde quer que vamos. Deixem-me brincar o dia inteiro e sou feliz!
Acho que isto se deve ao facto de nesta altura exigirmos muito pouco da vida, ou a vida exigir pouco de nós.

Tenho saudades disso! Tenho saudades de confiar nas pessoas, saudades de viver o hoje sem pensar no amanhã, tenho saudades de abraçar amigos sem ter medo de segundas intenções, saudades de vestir mini-saias sem ser automaticamente rotulada de oferecida, tenho saudades de o meu maior medo ser apenas o “medo do escuro”.
Se soubesse o que sei hoje, nunca tinha deixado de ser criança.

15/11/08

Desabafos

Há momentos da minha vida em que amaldiçoo a sabedoria. A ignorância é uma bênção!

Acima de tudo busco a felicidade pois sem ela não vale a pena viver.
A pergunta costuma ser: És feliz?
Ninguém “É”feliz pois a felicidade é um estado, por isso a pergunta correcta é: Estás feliz?

Nunca estaremos felizes se não aceitarmos a seguinte verdade:
O ser humano ama limitadamente, mas quer ser amado ilimitadamente!
Todos nós queremos ser amados e sabemos muito bem definir como o queremos, mas esquecemo-nos que para receber, primeiro temos de dar. Somos egocêntricos… Eu quero, eu posso, eu desejo, eu sou, eu tenho… É certo que cada um é responsável pelas suas próprias escolhas e portanto pela sua própria felicidade, mas devíamos parar um pouco para pensar que não vivemos isolados e que inevitavelmente a nossa felicidade depende dos outros. Ao mesmo tempo, devemos começar por nos amar a nós próprios porque ninguém nos amará como nós nos amamos.
Procuro ser mais feliz, para poder atrair mais felicidade á minha vida, mas ás vezes cansa remar contra a maré. Canso-me, mas não desisto, porque desistir é aceitar a morte.

07/11/08

Porquê "Carpe Diem"


Não quero de modo nenhum deprimir-vos, mas há coisas que têm de ser faladas porque são irrefutavelmente verdadeiras.

TODOS NÓS VAMOS MORRER

Escusam de gastar rios de dinheiro em cremes, loções e tratamentos porque a pele vai apodrecer tal como o resto do nosso corpo. A verdade nua e crua é que quando morremos o nosso corpo transforma-se em merda. A menos que queiram embalsamar! Eu, pessoalmente, prefiro ser cremada. A ideia de apodrecer lentamente e ser comida por bichinhos não me deixa muito confortável. Prefiro acabar com o assunto de uma vez por todas e prefiro que deitem as cinzas fora para evitar as romarias semanais ao cemitério que, pelo menos as pessoas mais velhas, se sentem na obrigação de fazer para honrar a memória dos que partiram.
Depois da parte deprimente vem a verdadeira razão deste texto: Vivam mesmo cá dia como se fosse o último.
Nunca sabemos quando é que vai ser a última vez que vemos o sol, a última vez que vamos á praia, a última vez que beijamos a pessoa amada, a última vez que vamos estar com os amigos, a última vez que comemos um gelado ou a última vez que dissemos a alguém o quando gostamos dela.
Aproveitem sempre cada segundo, porque não se iludam….vai haver uma última vez.